sexta-feira, dezembro 30, 2011

Entao bom descanso, senhores deputados

Entao bom descanso, senhores deputados

Vamos cá ver: 2012 não vai ser um ano mau. Vai ser um ano horrível. O pior em décadas. Milhares de empresas irão fechar. Dezenas de milhares de pessoas ficarão sem os seus empregos. Centenas de milhares de pessoas serão lançadas na pobreza. E como aquecimento para este annus horribilis o que é que fazem os nossos queridos deputados? Vão 11 dias de férias.

Entre 23 de Dezembro e 2 de Janeiro os deputados estarão a reflectir sobre o futuro do País, no conforto de suas casas, com peru no bucho e uma flute de champanhe na mão direita. Ouvida pelo CM, a secretária--geral da Assembleia da República explicou que "o facto de não estar agendado plenário nem comissões não significa que os trabalhos não continuem". Claro que os trabalhos continuam – estou certo de que se neste momento visitássemos o Parlamento encontraríamos centenas de deputados banhados em suor e cercados de produção legislativa.

É curioso notar que após tanto esforço para moralizar o País, eliminar feriados, aumentar o tempo de trabalho, diminuir as férias ou acabar com as tolerâncias de ponto, os deputados tenham decidido manter a semana de regabofe natalício.

Os próprios funcionários do Parlamento não têm férias nem tolerância, mas já os deputados, esses, estão a melhorar a produtividade da pátria com os pés esticados em cima do sofá. Ora, se a malta gosta tanto de aproveitar os festejos, então que abra o Parlamento na noite de 31 e organize uma festa de arromba para todos os quadrantes políticos. Apanhavam a piela do costume, só que nos seus postos de trabalho – o que, não melhorando a situação do País, sempre consolava um bocadinho.

terça-feira, dezembro 13, 2011

Eurozone debt web: Who owes what to whom?

Eurozone debt web: Who owes what to whom?
The circle below shows the gross external, or foreign, debt of some of the main players in the eurozone as well as other big world economies. The arrows show how much money is owed by each country to banks in other nations. The arrows point from the debtor to the creditor and are proportional to the money owed as of the end of June 2011. The colours attributed to countries are a rough guide to how much trouble each economy is in.

But, with global financial systems so interconnected, this is not just a eurozone problem and the repercussions extend beyond its borders.

While lending between nations presents little problem during boom years, when a country can no longer handle its debts, those overseas banks and financial institutions that lent it money are exposed to losses. This could not only unsettle the home country of those banks, but could, in turn, spread the troubles across the world.

So, in the tangled web of inter-country lending, who owes what to whom? Click on a country in the circle to find out what they owe to banks in other countries, as well to find out their total foreign debt, including that owed by governments, monetary authorities, banks and companies.

Europe is struggling to find a way out of the eurozone crisis amid mounting debts, stalling growth and widespread market jitters. After Greece, Ireland, and Portugal were forced to seek bail-outs, Italy - approaching an unaffordable cost of borrowing - has been the latest focus of concern.

Source: Bank for International Settlements, IMF, World Bank, UN Population Division

quarta-feira, setembro 07, 2011

Putin: «EUA são parasita da economia global»

O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, acusou os EUA de agirem como um parasita da economia global, ao acumularem dívida massiva que ameaça o sistema financeiro global.

«O país vive da dívida. Não vive pelos seus próprios meios, transfere o peso da responsabilidade para outros países e, de certa forma, age como um parasita», disse Putin num encontro da juventude pró-Kremlin durante a noite passada, citado pelo News.com.

Putin reagia assim ao anúncio feito pelo president norte-americano, Barack Obama, de que tinha sido alcançado um acordo para aumentar o tecto da dívida, impedindo o país de entrar em incumprimento.

Esta está longe de ser a primeira vez que Vladimir Putin critica a política norte-americana. Recentemente apelidou a política monetária da Fed de «hooliganismo» e tem tecido fortes críticas à actuação dos EUA, na sua tendência para cobrir défices orçamentais com obrigações do Tesouro, que estão maioritariamente concentradas nas mãos de dois credores: China e Rússia.

Putin lembra que o valor dessa dívida vai cair abruptamente se o rating da dívida norte-americana for cortado por uma das três grandes agências e insistiu para que o mundo encontre rapidamente novas divisas de reserva, para o comércio e para a poupança.

Putin considerou ainda que o acordo alcançado por Obama não é grande coisa na generalidade porque se limita a adiar a adopção de uma solução mais sistémica.

O acordo mereceu também as críticas do Nobel da Economia, Paul Krugman, que o classificou de «desastroso».

Já a Casa Branca, admite que o acordo não é perfeito, mas diz que traz algum alívio.

quinta-feira, julho 21, 2011

GNR acaba com «fábrica» de cannabis e cogumelos


GNR acaba com «fábrica» de cannabis e cogumelos

Complexo era composto por quatro estufas com sistema de irrigação, iluminação, aquecimento, ventilação, secagem e selecção

Cannabis

A GNR de Tomar desmantelou esta quarta-feira um complexo de produção de droga em Ourém, nomeadamente cannabis e cogumelos alucinogénios, tendo detido duas pessoas.

O comandante do GNR de Tomar, capitão Duarte da Graça, adiantou à Agência Lusa que o complexo era composto por quatro estufas com sistema de irrigação, iluminação, aquecimento, ventilação, secagem e selecção de sementes para produção de cannabis e cogumelos alucinogénios.

Nas diligências efectuadas, os militares da GNR apreenderam 250 plantas de cannabis e vários quilos da mesma planta pronta a ser consumida.

Na ocasião, dois indivíduos, uma homem e uma mulher, de 33 e 35 anos respectivamente, foram detidos para serem presentes quinta-feira a Tribunal, informou a mesma fonte.

Aquele responsável disse ainda à Agência Lusa que esta acção levada a efeito pela GNR resultou de um trabalho de investigação de 15 dias no âmbito da produção, distribuição e consumo proveniente daquele complexo.

Na acção de desmantelamento, que decorreu entre as 15:00 e as 21:00 horas, estiveram envolvidos 15 militares e dois binómios (homem/cão).

quinta-feira, julho 07, 2011

A corrente da vida

A histeria mediática à volta do desaparecimento de Angélico Vieira, por contraste com a discrição da notícia da morte do empresário Salvador Caetano nos media dá-nos um excelente retrato da ordem de valores da sociedade actual.

Por aqui se vê que um jovem cantor e actor é muito mais importante do que um homem que subiu na vida a pulso, construiu um império industrial, contribuiu para a produção da riqueza nacional e deu emprego a milhares de pessoas.

Por aqui se vê que para muita gente é mais importante uma novela, com adolescentes, do que construir fábricas, criar empregos no país e dar pão a inúmeras famílias.

Apesar de tudo entendo muito bem a reacção dos adolescentes neste caso. A culpa desta inversão de valores nem sequer é deles. É da geração anterior, dos pais, que os educaram assim. Para a diversão e não para o trabalho.

E peço desculpa por ter esta opinião se eu for o único a pensar assim.

sábado, maio 21, 2011

Em miúdo, eu tive um Salazagalhães !...











Com monitor de 12 polegadas!...
E sei a tabuada,
fazer contas de cabeça e,

escrevo com poucos erros!!!!!
..."Ganda" máquina aquela !!..

QUANDO OS SÓCRATES FOREM APENAS FILÓSOFOS;
OS ALEGRES APENAS CRIANÇAS;
OS CAVACOS APENAS INSTRUMENTOS MUSICAIS;
OS PASSOS APENAS OS DE DANÇA;
OS LOUÇÃS APENAS ERROS ORTOGRÁFICOS;
OS JERÓNIMOS APENAS MONUMENTOS NACIONAIS
E PORTAS SÓ DE ABRIR E FECHAR...

VOLTAREMOS A SER FELIZES :)

Prova Fotográfica do Funeral de Bin Laden no mar...

A Arte do nosso Desenrascanço

Conto, aliás, uma história que ouvi recentemente. Um cidadão português, que sempre desejou ter uma casa com vista para o Tejo, descobriu finalmente umas águas-furtadas algures numa das colinas de Lisboa que cumpria essa condição. No entanto, uma das assoalhadas não tinha janela.

Falou então com um arquitecto amigo para que ele fizesse o projecto e o entregasse à câmara de Lisboa, para obter a respectiva autorização para a obra. O amigo dissuadiu-o logo: que demoraria bastantes meses ou mesmo anos a obter uma resposta e que, no final, ela seria negativa. No entanto, acrescentou, ele resolveria o problema.

Assim, numa sexta-feira ao fim da tarde, uma equipa de pedreiros entrou na referida casa, abriu a janela, colocou os vidros e pintou a fachada. O arquitecto tirou então fotos do exterior, onde se via a nova janela e endereçou um pedido à CML, solicitando que fosse permitido ao proprietário fechar a dita cuja janela.

Passado alguns meses, a resposta chegou e era avassaladora: invocando um extenso número de artigos dos mais diversos códigos, os serviços da câmara davam um rotundo não à pretensão do proprietário de fechar a dita cuja janela.

E assim, o dono da casa não só ganhou uma janela nova, como ficou com toda a argumentação jurídica para rebater alguém que, algum dia, se atreva a vir dizer-lhe que tem de fechar a janela! [....]

Nicolau Santos, in "Expresso online" [...]

A crise política começou e Cavaco não disse nada.

O Sócrates ameaçou demitir-se e Cavaco nada disse.

O Sócrates demitiu-se mesmo e Cavaco continua sem nada dizer.

Pergunto eu, não será melhor alguém passar lá em casa a ver se está tudo bem?

Nos dias de hoje todo o cuidado é pouco com idosos sozinhos em casa.

quarta-feira, abril 13, 2011

Porque silenciam a ISLÂNDIA?


Estamos neste estado lamentável por causa da corrupção interna - pública e privada com incidência no sector bancário - e pelos juros usurários que a Banca Europeia nos cobra.

Sócrates foi dizer à Sra. Merkle - a chanceler do Euro - que já tínhamos tapado os buracos das fraudes e que, se fosse preciso, nos punha a pão e água para pagar os juros ao valor que ela quisesse.


Por isso, acho que era altura de falar na Islândia, na forma como este país deu a volta à bancarrota, e porque não interessa a certa gente que se fale dele.

Não é impunemente que não se fala da Islândia (o primeiro país a ir à bancarrota com a crise financeira) e na forma como este pequeno país perdido no meio do mar, deu a volta à crise.


Ao poder económico mundial, e especialmente o Europeu, tão proteccionista do sector bancário, não interessa dar notícias de quem lhes bateu o pé e não alinhou nas imposições usurárias que o FMI lhe impôs para a ajudar.


Em 2007 a Islândia entrou na bancarrota por causa do seu endividamento excessivo e pela falência do seu maior Banco que, como todos os outros, se afogou num oceano de crédito mal parado. Exactamente os mesmo motivos que tombaram com a Grécia, a Irlanda e Portugal.


A Islândia é uma ilha isolada com cerca de 320 mil habitantes, e que durante muitos anos viveu acima das suas possibilidades graças a estas "macaquices" bancárias, e que a guindaram falaciosamente ao 13º no ranking dos países com melhor nível de vida (numa altura em que Portugal detinha o 40º lugar).


País novo, ainda não integrado na UE, independente desde 1944, foi desde então governado pelo Partido Progressista (PP), que se perpetuou no Poder até levar o país à miséria.


Aflito pelas consequências da corrupção com que durante muitos anos conviveu, o PP tratou de correr ao FMI em busca de ajuda. Claro que a usura deste organismo não teve comiseração, e a tal "ajuda" ir-se-ia traduzir em empréstimos a juros elevadíssimos (começariam nos 5,5% e daí para cima), que, feitas as contas por alto, se traduziam num empenhamento das famílias islandesas por 30 anos, durante os quais teriam de pagar uma média de 350 Euros / mês ao FMI. Parte desta ajuda seria para "tapar" o buraco do principal Banco islandês.


Perante tal situação, o país mexeu-se, apareceram movimentos cívicos despojados dos velhos políticos corruptos, com uma ideia base muito simples: os custos das falências bancárias não poderiam ser pagos pelos cidadãos, mas sim pelos accionistas dos Bancos e seus credores. E todos aqueles que assumiram investimentos financeiros de risco, deviam agora aguentar com os seus próprios prejuízos.


O descontentamento foi tal que o Governo foi obrigado a efectuar um referendo, tendo os islandeses, com uma maioria de 93%, recusado a assumir os custos da má gestão bancária e a pactuar com as imposições avaras do FMI.


Num instante, os movimentos cívicos forçaram a queda do Governo e a realização de novas eleições.


Foi assim que em 25 de Abril (esta data tem mística) de 2009, a Islândia foi a eleições e recusou votar em partidos que albergassem a velha, caduca e corrupta classe política que os tinha levado àquele estado de penúria. Um partido renovado (Aliança Social Democrata) ganhou as eleições, e conjuntamente com o Movimento Verde de Esquerda, formaram uma coligação que lhes garantiu 34 dos 63 deputados da Assembleia). O partido do poder (PP) perdeu em toda a linha.


Daqui saiu um Governo totalmente renovado, com um programa muito objectivo: aprovar uma nova Constituição, acabar com a economia especulativa em favor de outra produtiva e exportadora, e tratar de ingressar na UE e no Euro logo que o país estivesse em condições de o fazer, pois numa fase daquelas, ter moeda própria (coroa finlandesa) e ter o poder de a desvalorizar para implementar as exportações, era fundamental.


Foi assim que se iniciaram as reformas de fundo no país, com o inevitável aumento de impostos, amparado por uma reforma fiscal severa. Os cortes na despesa foram inevitáveis, mas houve o cuidado de não "estragar" os serviços públicos tendo-se o cuidado de separar o que o era de facto, de outro tipo de serviços que haviam sido criados ao longo dos anos apenas para serem amamentados pelo Estado.

As negociações com o FMI foram duras, mas os islandeses não cederam, e conseguiram os tais empréstimos que necessitavam a um juro máximo de 3,3% a pagar nos tais 30 anos. O FMI não tugiu nem mugiu. Sabia que teria de ser assim, ou então a Islândia seguiria sozinha e, atendendo às suas características, poderia transformar-se num exemplo mundial de como sair da crise sem estender a mão à Banca internacional. Um exemplo perigoso demais.


Graças a esta política de não pactuar com os interesses descabidos do neo-liberalismo instalado na Banca, e de não pactuar com o formato do actual capitalismo (estado de selvajaria pura) a Islândia conseguiu, aliada a uma política interna onde os islandeses faziam sacrifícios, mas sabiam porque os faziam e onde ia parar o dinheiro dos seus sacrifícios, sair da recessão já no 3º Trimestre de 2010.

O Governo islandês (comandado por uma senhora de 66 anos) prossegue a sua caminhada, tendo conseguido sair da bancarrota e preparando-se para dias melhores. Os cidadãos estão com o Governo porque este não lhes mentiu, cumpriu com o que o referendo dos 93% lhe tinha ordenado, e os islandeses hoje sabem que não estão a sustentar os corruptos banqueiros do seu país nem a cobrir as fraudes com que durante anos acumularam fortunas monstruosas. Sabem também que deram uma lição à máfia bancária europeia e mundial, pagando-lhes o juro justo pelo que pediram, e não alinhando em especulações. Sabem ainda que o Governo está a trabalhar para eles, cidadãos, e aquilo que é sector público necessário à manutenção de uma assistência e segurança social básica, não foi tocado.

Os islandeses sabem para onde vai cada cêntimo dos seus impostos.

Não tardarão meia dúzia de anos, que a Islândia retome o seu lugar nos países mais desenvolvidos do mundo.

O actual Governo Islandês, não faz jogadas nas costas dos seus cidadãos. Está a cumprir, de A a Z, com as promessas que fez.
Se isto servir para esclarecer uma única pessoa que seja deste pobre país aqui plantado no fundo da Europa, que por cá anda sem eira nem beira ao sabor dos acordos milionários que os seus governantes acertam com o capital internacional, e onde os seus cidadãos passam fome para que as contas dos corruptos se encham até abarrotar, já posso dar por bem empregue o tempo que levei a escrever este artigo.

Francisco Gouveia, Eng.º

sábado, abril 09, 2011

Achas mesmo que não és um Rato?

Muito bom para uma reflexão profunda à cerca da suposta "democracia" em que vivemos... Uma fábula política do democrata canadiano Tommy Douglas (1904-1986), governador da província de Saskatchewan.

segunda-feira, fevereiro 28, 2011

Cerveja: consumo caiu 3% em quantidade


Cerveja: consumo caiu 3% em quantidade

...Mas subiu 2% em valor em 2010

O consumo de cerveja em Portugal caiu três por cento em 2010, em volume, mas o valor cresceu dois por cento, disse esta segunda-feira o presidente da associação do sector que apontou expectativas «nada animadoras» para este ano.


O presidente da Associação Portuguesa dos Produtores de Cerveja (APCV), Alberto da Ponte, disse que a culpa é da crise económica, cita a Lusa.

Segundo o responsável, o sector cervejeiro tem uma produção de 820 milhões de litros representando cerca de 700 milhões de euros, e o consumo doméstico, ou seja, do mercado nacional, é de 620 milhões de litros.

Os produtores de cerveja tentam ultrapassar a situação através da aposta nas exportações e também na inovação.

«A exportação é uma forma de manter a produtividade da indústria cervejeira», referiu Alberto da Ponte que falava à margem do colóquio «Os Jovens, o Álcool e Segurança Rodoviária» que está a decorrer na Assembleia da República, organizado pela subcomissão de Segurança Rodoviária.

segunda-feira, fevereiro 07, 2011

Deolinda - Parva que Sou, Coliseu do Porto. Assim damos a volta a isto!

Em pouco mais de duas semanas, a música tornou-se um sucesso nas redes sociais e é já usada como forma retratar uma geração. «Parva que sou», do grupo português Deolinda, foi tocado pela primeira vez em público no concerto do Coliseu do Porto, no dia 22 de Janeiro, dia de reflexão para as eleições presidenciais. E pôs muita gente a reflectir.

A letra fala de uma geração que vive com a instabilidade laboral, que continua a viver em casa dos pais por falta de condições financeiras, e adia planos de casamento e filhos. E que apesar disso nada faz para alterar esta condição.

O vídeo, colocado por alguns dos espectadores no YouTube, foi partilhado vezes sem conta pelas redes sociais e não falta quem se identifique com esta realidade retratada. Também se identifica com a letra desta música?